Servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran/CE) deliberaram em Assembleia Geral, na manhã desta terça-feira (23), pelo estado de greve, com indicativo de paralisação geral para o próximo 2 de maio, após a data que celebra o “Dia do Trabalho”. A decisão veio com o comunicado expresso do governo, através da mensagem de número 8.347, que detalha a retirada do fator limitador das progressões funcionais. No entanto, o que causou incômodo a categoria foi o fato da lei beneficiar somente os servidores que ingressaram em 2019.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Trânsito do Ceará (Sindetran/CE), os servidores deveriam ter passado por uma avaliação, a fim de obter ascensões em 2016, 2017, 2018 e 2019, após a implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCCs). Cerca de 500 trabalhadores serão prejudicados com a medida. Além disso, o sindicato também destaca que os aprovados do último certame, conforme estatuto do servidor público, só poderão ser avaliados após três anos.

O pleito da categoria teve início em 2006, ainda na gestão do ex-governador Lúcio Alcântara, mas somente no primeiro mandato do governador Camilo Santana que o projeto foi aprovado pelo executivos e parlamentares cearenses. Com isso, a a presidente do Sindetran/CE, esclarece que a lei 8.347 “enterra o PCCs construído pela categoria”. Eliene Uchoa também destacou o desrespeito com todos os profissionais que fazem o departamento de trânsito do Ceará.

Por fim, ficou deliberado uma articulação política antes de qualquer movimento de paralisação, mas o sindicato não descarta ações pontuais na capital e no interior.