Representantes de sindicatos e associações não aceitaram a proposta apresentada pelo governador Camilo Santana, na reunião que discutiu a reposição salarial dos servidores públicos estaduais. A audiência, que teve a participação dos secretário da fazenda (Sefaz), Mauro Filho e o secretário de planejamento do Estado (Seplag), Hugo Figueiredo, durou cerca de três horas. Os ânimos ficaram acirrados, principalmente quando o Governo confirmou que só haveria reajuste linear de 10,67% para os servidores remuneração mínima. Já para os demais trabalhadores, o Governo propôs reajuste não linear, negociando por categoria, a fim de ajustar as distorções.

Para a coordenadora geral do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec), Eliene Uchoa, a proposta não deve ser considerada reajuste, já que a reposição é previsto na Constituição. Ainda na reunião, o Governo disse que algumas categorias foram beneficiadas com ascensão de cargos, fato repudiado pelos líderes de classe. “Não podemos confundir a reposição com valorização profissional. Todo trabalhador deveria ter direito ao Plano de Cargos e restruturação”, disparou Rita de Cássia Gomes, presidente da Associação dos Servidores da Secretaria de Educação (Asseec).   

Por fim, os coordenadores do Fuaspec marcaram uma reunião emergencial que será realizada na tarde desta terça-feira (7). Segundo Eliene Uchoa, a greve geral não está descartada.