SINDICATO DOS TRABALHADORES NA ÁREA DE TRÂNSITO DO ESTADO DO CEARÁ

Reposição salarial: servidores ocupam duas salas em audiência pública na Assembleia Legislativa

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Servidores públicos estaduais ocuparam duas salas no complexo das comissões, Assembleia Legislativa, durante audiência pública na tarde dessa sexta-feira (06/05). As categorias presentes, algumas já em greve, reivindicaram a reposição salarial imediata de 12,67%. A porcentagem é referente aos 10,67% correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e apenas 2% de ganho real. A mesa foi composta pelos deputados Zé Ailton Brasil (PP), Evandro Leitão (PDT), Carlos Matos (PSDB), Capitão Wagner (PR). Os parlamentar também anunciaram a criação da Frente Parlamentar do Serviço Público na AL.

O Deputado Carlos Matos, oposição ao Governo Camilo Santana, fez críticas ao lembrar de investimentos equivocados realizados pelo executivo. Evandro Leitão, líder do Governo na casa, disse que Camilo Santana é um governo preocupado com o servidor, tanto que sempre recebeu as categorias. A coordenadora geral do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec), Eliene Uchoa, esclareceu que os trabalhadores do Estado não pleiteiam aumento, mas reposição das perdas salariais. “A reposição está prevista em lei aprovada na Assembleia. Os trabalhadores não abrem mão de sua data-base, que é 1º de janeiro”, declarou a coordenadora geral do Fuaspec, que também ocupa a presidência do Sindetran/CE.

O reajuste dos 20 mil servidores inseridos no grupo de remuneração mínima foi lembrado pelo secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Hugo Santana de Figueiredo. “O Governo concedeu reajuste de 10,67% do IPCA, aumentando o valor da remuneração mínima desde janeiro”, disse. Na ocasião, o secretário também apresentou dados sobre despesas e receitas do Estado, destacando a crise vivenciada no Brasil. Rita de Cássia Gomes, Presidente da Asseec, questionou o que foi levantado pelo secretário Hugo, fazendo referência aos diversos discursos do titular da Sefaz, Mauro Filho, ainda na gestão Cid Ferreira Gomes, quando declarava que o Estado do Ceará estava muito bem na economia.

O economista Lúcio Mendes Maia, que ocupa a diretoria do Sintaf/CE, informou que no mês de fevereiro passado, a receita corrente líquida do Ceará ficou em R$ 15,42 bilhões, enquanto que, em dezembro de 2015, foi de R$ 15,16 bilhões. “O acréscimo percentual foi de 1,64%. Isso em dinheiro dá R$ 259 milhões, sem o Estado fazer esforço de arrecadação”, afirmou.

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